Carcosa: Sessão 1

*Um homem alto, esguio e de olhos fundos escreve em seu livro sentado em uma cabana iluminada apenas por uma vela.*

Este relato foi escrito por Ícaro Agostino como relato de sessão da nossa primeira aventura na campanha do módulo Carcosa.

"Era inverno quando conclui meus estudos junto a um pequeno círculo de iniciados nas artes místicas do ocultismo, meu mestre na época me aconselhou a peregrinar para leste em busca de conhecimentos que não existiam na Ibéria. Deixei a cidade de Mérida no final do ano de 1452, e levei 7 meses de viagem até chegar na grande Constantinopla, onde minhas investigações apontavam para um acervo de conhecimentos sobre rituais antigos.


Yu-khon, o Rei Feiticeiro

No dia fatídico que fui tragado para esse mundo absurdo, eu estava na grande biblioteca, folheando alguns tomos, havia há pouco localizado um livro de grande interesse, quando tudo ficou estranho. Homens gritavam e corriam em todas as direções, palavras eram murmuradas em idiomas desconhecidos e um grande clarão me cegou.

Acordei com minha visão turva, rodeado de outros 12 em uma cabana construída em um estilo arquitetônico desconhecido por mim. Até que um homem de pele amarela que se apresentou como Ya-Khon nos revelou sobre nossa nova condição. O feiticeiro nos disse que estávamos em outro mundo, que tínhamos sido enviados para cá através de algum ritual profano, e que segundo as lendas isso já ocorreu no passado com outros habitantes da Terra.

Ya-Khon se revelou como líder dos homens amarelo que viviam naquela exótica vila e nos disse que devíamos retribuir sua hospitalidade, nos pediu que buscássemos uma Flor Branca que nascia ao norte de sua vila.

Junto de Alcebíades, Mohab, Zahra e Halad partimos em viagem pelos ermos desse novo mundo. O chão era árido e dois sois cruzavam o céu de cores delirantes No caminho cruzamos com duas criaturas maiores que homens e com corpos de lagarto que não quiseram nos perseguir. Horas depois finalmente encontramos o Rio, local que o Rei Feiticeiro nos apontou como lar da Flor Branca.

Antes de alcançarmos totalmente o Rio vimos uma curiosa embarcação liderada por dois homens de pele azul que comandavam vários homens amarelos que remavam rio abaixo. Nos escondemos, esperamos a embarcação passar e começamos a procurar a tal da flor.

Ali próximo ao Rio encontramos várias fissuras no chão, até que de uma delas saiu outro ser inacreditável, se tratava de um lagarto, maior que um cão, mas no lugar de sua cabeça havia um tentáculo. Meus companheiros logo se dispuseram em combate, atiraram flechas e acabei por usar minha espada para cortar fora parte do corpo da criatura.

De volta a nossa busca, avistamos a Flor Branca em uma dessas fissuras. Meus companheiros me amarraram e eu desci para coletar a flor, quando terminava de cortar seu caule outro lagarto começou a me perseguir. Rapidamente fui puxado para cima e derrubamos a criatura de volta para dentro do abismo. Antes de voltarmos, vimos que ali havia um grupo de homens de pele translucida, de tal forma que era possível ver seus ossos através daquela estranha pele. Eles  ficaram tão assustados com nossa presença, quanto nós ficamos com a presença deles.

Deixamos o local, e voltamos para a vila ao sul. O Rei Feiticeiro considerou que pagamos nossa dívida por buscar a Flor Branca e nos recompensou com mais uma quantidade em ouro pelo corpo do lagarto dilacerado por Halad.

Eu não sei o que esperar desse lugar, não sei ao menos se é possível voltar para o nosso mundo. Agora só me resta descansar um pouco sob a hospitalidade do homem amarelo."

Salazar, primeiro dia em terras áridas.

 

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