Relato 20: Um parto muito estranho

Este relato é parte da campanha aberta de South Borg.

Relato de Serejo

Personagens: Leopoldo (Vitor), Lero (Serejo) e Barto (Henrique)

Os acontecimentos na grande floresta, ao redor da vila Esperança são sempre recheadas de mistérios. Corsários mortos-vivos, cavalos sem cabeça, aranhas-invisíveis, O Velho-do-mato e até mesmo as visões fantasmagóricas que hora ou outra nos revelam sinais do passado ou do futuro.

Mas nunca ainda havia tido um acontecimento dentro do Vilarejo. Hoje, nasceu um espécie nova. De uma mulher engravidada pelo Boto, surgiu um ser esperançoso, Santo (Dorotéia, a velha, disse). Houve muita confusão na vila por este paradoxo de alguns querendo destruí-lo enquanto outros, adorá-lo. 

Enquanto o parto durava, nós 3 assumimos a segurança do trabalho. A mulher iria ter a criança enquanto discutíamos o que faríamos com ela: "usamos como uma arma?", "usamos como moeda de troca?", "Deixamos que viva com a mulher, deixamos que viva com o Boto?" - houveram muitas discordânicas.

_A porrada_

Barto, o novo morador, cometeu um assassinato na Vila, tentando intervir talvez nas ações de outro morador que estivesse tentando atacar a mulher no parto. Uma flecha atirada por Barto atravessou o cranio do homem.
Alvoroço! A multidão enfurecida tentava acabar com a vida de Barto. Salvo, talvez unicamente pela presença inusitada do Velho-do-mato, que pisava talvez pela primeira vez em muito tempo na vila Esperança. Demonstrando que aquela terra não é menos perigosa para nós quanto a mata ou os rios.

O velho-do-mato não tem voz, ele apenas é e age e nisso foi de encontro a cabana para o encontro com o parto. Lero, em alguma intenção tentou impedir isso acertando um golpe sobre o Velho, mas nada adiantou. O Velho ainda assim entrou na cabana e do seu místico capuz retirou um pano mais alvo para embrulhar o bebe. E assim foi embora, sem nenhum comentário. 

_O milagre dos peixes_

Com a chegada do bebe houve sinais que era poderosos. Um cardume de peixes pulou dos rios para as margens, alegrando toda a vila Esperança que a partir de hoje irá acreditar que a criança é um sinal de redenção da vida maldita. Deixamos assim por enquanto e recolhemos 1d10 porções de peixe.

Na tentativa ainda de tornar o dia mais produtivo. Ao inicio da tarde os três partiram rumo a procurar bambus. Barto deu a ideia a a partir da leitura do manual da aeronave, e Lero ainda se perguntava onde existiam esses bambus. Andamos pelo mato pelo tempo que nos restou, mas sem sinais de bambus. Apenas Trolls bebendo água em beira de rio, gente misteriosa nos rondando pela mata e a chuva incessante.

Decidimos não voltar para vila. Decidimos nos acolher na toca do Cuca. E encerramos nossa viagem naquele dia.



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