Relato 18: O triste "fim" do homem-jacaré
Este relato é parte da campanha aberta de South Borg.
Relato de Vitor Damato
Jogadores: Roberto (Raimundo Dias), Henrique (Cuca) e Vitor (Leopoldo)
Cuca e Leopoldo estavam a dias deprimidos por causa da morte de seu companheiro Sebastião e o nobre Turu. Mas Leopoldo já pele e ossos, fraco pressionou o Jacaré para sair para caçar. Eles levaram um novato que encontraram dias antes perdido na floresta.
O novato Raimundo era muito estranho. Se recusava a acreditar que tudo aquilo fosse real. Apesar dos conselhos de Leopoldo o jovem acredita estar num sonho e passou o tempo todo determinar o significado simbólico de tudo aquilo.
Ao saírem da toca do Cuca, eles caminharam em direção ao Norte, quando ouviram um estrondo. Temeroso, Leopoldo pediu ao Cuca, que estava ja na sua forma de Lobo para ir na frente sondar. Foi a coisa errada a se fazer. Como Leopoldo poderia imaginar a loucura do Jacaré?
Andando mais devagar Raimundo e Leopoldo ouviram um estrondo, e um grito do Lobo que usou seus poderes para gritar um aviso. Leopoldo arrastou o jovem para fora do caminho enquanto o Lobo passou a toda perseguido de perto por uma das tartarugas gigantes da região. A bicha derrubava tudo em seu caminho!
Leopoldo xingou Cuca! Ele estava louco? So viemos caçar e você sai correndo com uma tartaruga gigante no seu encalço? O Jovem Raimundo quis sair correndo atrás para ajudar o Lobo. Não quis ouvir as advertências de Leopoldo que foi obrigado a seguir o jovem. Pelo menos ele daria uma boa isca. Enquanto isso, sem que os dois soubessem, Cuca alucinado pelo desejo de vingança arrastou o monstro em direção a pequena vila. Seu plano cruel era causar caos na vila dos piranhomens e destruir a igreja.
Ao chegarem perto a criatura desistiu da perseguição, mas o lobo, se virou e mordeu o rabo de anquilossauro da tartaruga! Enfurecida a bicha se virou e voltou a perseguir o lobo. Cuca pulou rente a parede da igreja fazendo com que a tartaruga colidisse com a parede da igreja fazendo o teto desabar.
Ele correu em direção ao píer para tentar levar o monstro em direção aos piranhomens. Bem quando se aproximava do píer sua transformação terminou e ele quase foi transformado em pasta pelo rabo da tartaruga, que errou por pouco.
Determinado, ele mergulhou no rio, enfurecendo os piranhomens, enquanto abocanhava varias ovas de peixe enquanto nadava rio abaixo perseguido de perto por centenas de piranhomens.
O que aconteceu com a tartaruga e os piranhomens, só podemos imaginar… E quanto ao monstro preso na igreja? Qual terá sido sua reação? Enquanto isso Raimundo e Leopoldo que tinham atrás da trilha de destruição chegaram a entrada da vila. Leopoldo com medo dos piranhomens conseguiu convencer o jovem Raimundo a parar de avançar. Isso só foi possível porque Raimundo decodificou o significado simbólico do sonho de quem era Leopoldo. Ele falava como seu pai, então era seu pai.
Chocado Leopoldo percebeu que o jovem era meio louco e era melhor concordar com o jovem e tentar falar na linguagem que ele entendesse. Logo Leopoldo viu uma bela e suculenta manga de sangue na mangueira. Uma manga enorme! Mas impossível se pegar. O que fazer? Já havia muito tempo que Leopoldo queria fazer isso. Com a ajuda de seu filho seria possível pegar a manga! Ele acendeu uma tocha e orientou o jovem a joga-la no telhado. O plano não funcionou. Felizmente o metagame de Cuca o lembrou da cachaça estocada num barril em uma das casas próximas.
A essa altura Leopoldo já estava meio louco de fome, fraco da ideias e entrando na viagem psicodélica de seu “filho" Raimundo. Eles encontraram o barril, e Leopoldo morrendo de fome pensou: Por que não?
“Pai, não faça isso! Voce disse que ia parar de beber!”
“Não se preocupe garoto eu sou muito resistente!”
“Foi isso que voce disse da ultima vez!” Insistiu o jovens desesperado.
Leopoldo começou a beber e beber. Realmente aquela cachaça da boa matava a fome.
Ele começou a ficar tonto. Seu filho ficou do lado gritando para ele parar. Talvez ele
devesse ouvir? Ele parou e passou o barril para o jovem que voltou com a bebida para perto da
mangueira. Leopoldo, bebado cambaleou atrás.
O jovem pegou sua camisa e encharcou na bebida jogando na tocha aumentando o
fogo.
“Não vai dar. Pai, me deu sua camisa.”
“Minha camisa de jeito nenhum! Esta debaixo da armadura e se eu tirar a armadura
posso morrer! Porque você não usa suas calças? Voce está num sonho mesmo, então
não haverá problemas de ficar sem calça.”
O jovem olhou para seu pai e concordou. Fazia sentido. Os jovem são tão crédulos
hoje em dia…
Logo Raimundo encharcou suas calcas na cachaça e jogou no telhado. O fogo se
expandiu e a mangueira começou a queimar. Como planejado a manga caiu perto dos dois. Por segurança Leopoldo instruiu o jovem a rolar o barril para mangueira. Uma grande explosão se seguiu e a mangueira foi consumida.
Foi quando os piranhomens vieram, atraídos pela confusão. Leopoldo pegou a manga e saiu correndo, mas estava muito bêbado para fugir. Ele então comeu a manga, e se recuperou totalmente da fome, da bebedeira e de seus ferimentos. Um dia perfeitamente lucrativo.
Assim o jovem Raimundo e seu pai voltaram correndo para toca, felizes de estarem vivos. Foi quando ouviram um rugido bestial, um rugido de dor, Leopoldo pode reconhecer a voz de Cuca e entendeu que seu amigo havia sucumbido a magia. Triste por ter perdido mais um amigo, ele retornou com Raimundo para toca.
Pelo menos ele havia sobrevivido mais uma vez. Até quando, ele se perguntava?
Sempre vendo seus amigos morrerem…
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