Relato 16: A terrível tartaruga demônio (South Borg)

Relato de Roberto Jusi

Jogadores: Roberto Jusi (Sebastião), Vitor (Leopoldo), Aruska (Maria), Henrique Pugliese (Joachim) e Serejo (Lero)

Esse relato é parte da campanha aberta de South Borg.

Ilustração de Serejo


Tem chovido bastante na vila, ontem não foi diferente. Leopoldo, Joachim e L

ero fizeram um alforge para a Turu poder carregar coisas. Me serve de sela quando vazio e ela parece ter gostado. Ainda me espanto comigo mesmo quando lembro que saltei nas costas de uma pavoa gigante e consegui doma-la. O Joachim foi me ajudar e ganhou uma inimiga jurada. Por mais impossível que pareça eu vou ver se consigo aproximar os dois.

Pensei em fazer uma biqueira de metal pra ela mas desisti da idéia e acabei fazendo umas flechas pra ajudar o povo que vive perdendo as suas.

Após muita conversa saímos para buscar comida. Joachim, Leopoldo, Lero, Maria e eu. A idéia era juntar o máximo possível para a empreitada da toca nova. Já escolhemos o local, mas precisamos de muita comida para passar a semana lá sem caçar ou caçando o mínimo possível.

Decidimos seguir o velho caminho de acompanhar o rio Faminto até a cachoeira onde começamos nossa caçada.

Logo encontramos um grupo de capivaras, e eram bem gordinhas. Acabou que não pegamos todas mas já tínhamos mais do que podíamos carregar.

Quando ainda estávamos carneando as bichinas e esperando o calor da caçada baixar fomos surpreendidos.

Nunca tinha visto nada como aquilo, um monstro tartaruga-demônio com tentáculos no lugar da cabeça.

Todos pararam por um instante sem saber o que fazer. Olhei para o Lero e ele parecia não querer recuar. Respirei fundo e segui seu exemplo empunhando meu escudo.

Leopoldo ainda tentou jogar uma carniça de capivara, que foi aceita mas o bicho queria mais, ele queria a gente.

Logo começou o tiroteio. Joaquim, Leopoldo e Lero sacaram suas pistolas e sentaram o dedo no bicho sem dó. Tantos tiros que quase ficamos surdos. Machucou ele, mas não foi o suficiente.

Lero voou longe com uma rabada do bicho. Que logo depois veio me acertar. Se não fosse meu escudo eu tinha partido dessa pra melhor.

Após as balas acabarem jogamos até a pia da cozinha nele. Flechas envenenadas, espadadas... ele parecia simplesmente não morrer. Quando parecia que nunca terminaríamos aquilo, a novata Maria sentou-lhe uma flechada certeira e o bicho caiu.

Alguns comemoraram, outros desfaleceram, mas todos estávamos aliviados.

Dada a hora e o tanto de comida que já carregávamos, pegamos somente uns itens da barriga do bicho mas deixamos seu casco para pegar depois. Eu vi os olhos do Lero brilhando enquanto alisava o casco e dava umas batidinhas. Acho que ele teve alguma idéia.

Tive a oportunidade de conversar com ele sobre a região e me deu dicas de onde poderíamos conseguir mais armas de fogo. Fiquei pensando que assim que possível quero um pinga-fogo pra mim.

Nesta hora que consegui prestar atenção no Joaquim. Ele tá ficando mais estranho. Tive a impressão que a bocarra dele cresceu e ele preferiu a carne crua à comida que fizemos quando chegamos na vila. Esse lugar não está fazendo bem a ele.

Enfim retornamos. Todos. Com bem menos comida que o necessário para a missão da Toca, mas um passo mais perto de conseguirmos criar mais um ponto seguro de descanso.

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